Introdução
A tipografia em ambientes de hipermídia é um elemento fundamental e deve ser pensada sob os preceitos do Design Gráfico. A atividade de criar tipos e organizá-los com arte no espaço se alia, tanto à necessidade de articulação de uma linguagem formal quanto à aquisição de conhecimentos e implicações de forças culturais e estéticas. O primeiro aspecto revela seu lado mais conservador, vinculado à existência de um sistema simbólico de signos verbais regidos por uma série de convenções sociais e culturais.
Por outro lado, a tipografia como ícone apresenta-se de forma mais flexível e passível de ser trabalhada de acordo com preferências subjetivas do designer, enunciada por meio de uma prática expressiva, podendo ser visualmente envolvente, sem desconsiderar os seus objetivos – e o contexto cultural em que é lida –, evitando o uso de ruídos ornamentais e superficialidades estéticas [1].
Podemos dizer que a tipografia significa muito mais do que uma escrita com tipos por conta da sobreposição entre signos verbais e visuais, possibilitando a experimentação de soluções não convencionais.